A Nokia, que já foi líder indiscutível no mercado de aparelhos móveis, tem visto sua posição ser desafiada nos últimos anos, particularmente na área de smartphones, com novos competidores como Apple e Google.
A companhia, que ainda é a maior do mundo em volume de vendas de celulares, reestruturou seus negócios de aparelhos móveis, adotando o software da Microsoft no lugar de sua plataforma própria Symbian, mas continua a sofrer com a crescente competição. A empresa disse em um alerta de lucro que espera que as vendas líquidas no segundo trimestre sejam “substancialmente abaixo” das previsões anteriores de entre 6,1 bilhões de euros (US$ 8,7 bilhões) e 6,6 bilhões de euros.
A margem operacional para os negócios de aparelhos e serviços deve ficar perto do zero no segundo trimestre, ante projeção anterior de 6% a 9%.
“A atualização (das estimativas) é basicamente devido à uma menor expectativa de preço de venda de aparelhos e menores volumes”, informou a Nokia. “Devido à inesperada mudança em nossa previsão para o segundo trimestre, a Nokia acredita não ser mais adequado fornecer uma projeção de resultado para 2011″, acrescentou, informando que ainda fornecerá estimativas trimestrais.
Para completar seu vice-presidente de tecnologia entrou em licença por prazo indefinido, depois da publicação de uma reportagem sobre desentendimento em relação à estratégia da companhia. Além da saída do executivo, uma segunda agência de classificação de risco de crédito cortou a recomendação da empresa.
As ações da Nokia estão perto da cotação mais baixa em 13 anos, depois que o jornal finlandês "Helsingin Sanomat" informou que o vice-presidente de tecnologia, Richard Green, havia discordado do presidente-executivo, Stephen Elop, quanto à estratégia para smartphones baseados na plataforma da Microsoft, e pode não voltar ao cargo.
Rumores sobre venda Falando em uma conferência em Londres, Elop não mencionou o assunto, mas foi pressionado a negar que a empresa estivesse à venda, em meio a rumores cada vez mais ruidosos de que sua queda de valor de mercado poderá tornar a empresa alvo de uma aquisição. "Todos esses rumores são infundados", disse.
Executivos financeiros dizem que a Nokia não está atraindo interesse real de compra devido ao ceticismo quanto à sua recuperação. O valor de mercado do grupo caiu à metade, 17 bilhões de euros (US$ 25 bilhões) de fevereiro para cá.
Esta semana foi destaque em diversos grandes jornais pelo mundo que a Samsung estaria muito próxima da aquisição da Nokia. Depois de descobrirem que tudo não passava de um boato plantado boa parte destes jornais apagou a notícia de suas versões online.
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